O Executivo “solicitou o ajustamento do programa de apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), adicionando-se ao mesmo uma componente de financiamento”, tendo em conta a evolução económica mais recente e de modo a facilitar a implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica e do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, revela um comunicado do Ministério das Finanças emitido esta segunda-feira.
A missão do FMI que visitou Luanda, entre os dias 1 e 14 de Agosto deste ano concluiu que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto real para 2018 tem-se revelado mais moderada do que a esperada, reflectindo uma redução acentuada da produção de petróleo e de gás. Por esse motivo, espera-se um impacto negativo nas contas fiscais e externas e um aumento do défice da conta corrente, o que terá levado o Governo a recorrer ao apoio financeiro do Fundo.
De acordo ainda com o comunicado, a missão do FMI, que reuniu com as autoridades e diversas entidades ligadas à actividade económica, concluiu que “as políticas e as reformas de estabilização macroeconómica que estão a ser aplicadas pelo Executivo continuam adequadas, com vista à promoção do crescimento económico e da diversificação da actividade económica”.
A missão do corpo técnico do FMI foi convidada a visitar novamente Luanda em Outubro de 2018, a fim de dar início às negociações ao abrigo de um Programa de Financiamento Ampliado (EFF – Extended Fund Facility) de dois anos, e que pode ser estendido em mais um ano caso se mostre necessário.