No final da visita que efectuou à Alemanha o Presidente da República revelou que o financiamento pedido por Angola ao Fundo Monetário Internacional (FMI) revestirá condições melhores que o crédito concedido por bancos comerciais. “Vamos ganhar com isso, não temos receio, sabemos que quando se fala de FMI têm-se a ideia de que é um bicho papão de que é preciso ter cuidado. Depende. Os programas do FMI não são todos iguais. Não estamos a falar de um resgate como o que aconteceu noutros países europeus, como Portugal ou a Grécia. Não é disso que se trata, é um outro tipo de ajuda financeira, que não tem a gravidade que tem um programa de resgate”, adiantou João Lourenço.
O chefe de Estado considerou que a concretização da emissão de ‘eurobonds’ pela República de Angola e o acordo de financiamento do FMI é a demonstração que a comunidade internacional reconhece que o país está a levar a cabo uma cruzada contra a corrupção e que os primeiros resultados começam a surgir.
O Presidente da República reunirá com o FMI em Outubro e, em Dezembro, e espera receber em Dezembro a directora-geral do Fundo, Christine Lagarde.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou na terça-feira ter recebido um pedido do Governo de Angola para o início de discussões de um programa económico ao abrigo do Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility – EFF). A medida, cujas negociações começarão em Outubro próximo em Luanda, no quadro de nova missão, visa o apoio do FMI às políticas e reformas económicas definidas no Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM) e no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) de 2018 a 2022.