A empresária Isabel dos Santos não vai prosseguir a queixa-crime contra Carlos Saturnino, baseada nas afirmações que este produziu a respeito da gestão da sua sucessora na conferência de imprensa destinada a divulgar as contas da petrolífera que teve lugar no início deste ano.
“A minha decisão de não prosseguir com a queixa-crime do processo por difamação, tem por base o facto da opinião pública estar suficientemente esclarecida quanto à verdade e de estarem restabelecidos os factos”, esclarece a empresária no comunicado divulgado hoje ao início da noite em Luanda.
Isabel dos Santos afirma que “no actual contexto de febre político-mediática” optou por não “alimentar mais a controvérsia”, estando convencida que “depois de todas as minhas detalhadas explicações, tornou-se bastante claro e evidente para opinião-pública de que as acções levas a cabo por Carlos Saturnino foram deliberadamente mal intencionadas e cujas alegações são infundadas”.
A empresária diz acreditar que as várias entrevistas que concedeu sobre o assunto, “bem como os comentários públicos que tive oportunidade de emitir, foram bastante esclarecedores, no sentido de informar a opinião pública sobre a falsidade das acusações proferidas. As suas acusações não passaram de alegações sem qualquer evidencia factual, nem fundamentos, motivados apenas por uma vingança pessoal”.
“Os factos e as verdades sobre o meu exercício enquanto Presidente do Conselho de Administração da Sonangol foram por mim amplamente comunicados e provados, não havendo assim necessidade de dar continuidade ao processo”, acrescenta a empresária.
Carlos Saturnino, sucessor de Isabel dos Santos à frente da administração da petrolífera nacional, produziu severas críticas à gestão da empresária, o que alimentou uma intensa polémica entre os dois.