Entre as principais agências internacionais de avaliação de risco -rating- apenas a Moody´s mantinha a dívida soberana de longo prazo portuguesa com esta nota especulativa, só que, sexta-feira, a agência actualizou a sua classificação, subindo Portugal para o nível Baa3, o primeiro do grau de investimento de qualidade. Além disso a Moody´s partilha uma perspectiva estável para a economia portuguesa.
Já a Standard & Poor’s tirara Portugal da nota de lixo em Setembro do ano passado e, três meses depois, a Fitch fez o mesmo.
Para a subida do ‘rating’, a Moody’s apresentou duas razões: “a elevada dívida pública de Portugal tem evoluído para uma tendência de queda sustentável, embora gradual, com limitados riscos de reversão”, e o “alargamento dos ‘motores’ de crescimento de Portugal e uma melhoria da posição externa”, que “aumentaram a resiliência económica”.
Até as três principais agências reverem a sua classificação Portugal conseguiu aceder ao programa de compra de activos banca pelo Banco Central Europeu (BCE), essencial para a descida das taxas de juro da dívida portuguesa, graças à nota da agência de rating canadiana DBRS, que manteve a nota atribuída ao país no segundo nível do grau de investimento.
Esta correcção efectuada pela Moody´s chega no momento ideal para o executivo chefiado por António Costa e apoiado pelos partidos parlamentares à sua esquerda, já que se encontra em preparação o orçamento de Estado para o próximo ano.