A energia e águas, a exploração do minério de ferro e a produção do aço, a mecanização agrícola, a exploração agro-pecuária e os transportes marítimos são áreas em que o Presidente João Lourenço gostaria de contar com maior envolvimento alemão em Angola.
No discurso que hoje produziu no Fórum Empresarial em Berlim, o Presidente da República assinalou que ‘verificamos um interesse crescente de empresas alemãs em participar também nas áreas da construção, da energia e águas, da fiscalização de obras e de fornecimento de equipamentos. Esse interesse já está patente na participação bem sucedida de empresas alemãs em projectos de produção de energia em Angola, como por exemplo com o fornecimento de equipamento electromecânico à barragem de Cambambe e a fiscalização da barragem de Laúca”. João Lourenço manifestou, deste domínio, “o interesse de Angola no financiamento e fornecimento de tecnologia alemã para os aproveitamentos hidroeléctricos de Caculo Cabaça e Zenzo, e da construção e modernização das subestações e redes de distribuição de energia eléctrica na província do Namibe”.
Ainda na área da energia, João Lourenço defendeu parcerias público-privadas com empresas alemãs “na produção e distribuição de energia de todas as fontes, hídrica, solar ou a partir dos resíduos sólidos das grandes cidades, assim como na ampliação e exploração da actual rede ferroviária do país”.
“Gostaríamos de ver o investimento alemão na exploração do minério de ferro e na produção do aço”, referiu.
A cooperação ao nível marítimo é outro dos pontos na agenda do chefe do Executivo no que respeita às relações bilaterais angolanas-alemãs: “no domínio dos transportes, para além da implementação do que já foi acordado ao nível dos transportes aéreos, temos também interesse em negociar um acordo no domínio marítimo”.
O Presidente da República explicitou também o interesse na participação alemã na construção de auto-estradas regionais. “Gostaríamos de ver realizadas parcerias público privadas com empresas alemães na construção de auto-estradas com ligação aos países vizinhos, nomeadamente com a Namíbia, a Zâmbia e a RDC para facilitar e dinamizar o comércio regional”, acentuou.
No domínio ainda do transporte terrestre, o chefe do Executivo, após lembrar que a concessão dos Caminhos de Ferro de Benguela é algo que ainda está em estudo, as autoridades gostariam “de interessar os investidores alemães a concorrer no devido momento”.
A criação de uma Câmara de Comércio angolana-alemã, foi um dos objectivos defendidos por João Lourenço, considerando que ela se já se justifica “para apoio aos empresários que pretendam investir no mercado angolano e para o fomento de pequenas empresas mistas”.