O presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, negou em Harare, um eventual regresso da moeda local (dólar zimbabweano) e comprometeu-se a erradicar enfermidades medievais, numa clara referência ao surto de cólera que já causou 30 mortos no país.
Este pronunciamento do chefe de Estado foi feito uma semana depois de o ministro das Finanças, Mthuli Ncube, ter afirmado que estava a favor do regresso do dólar zimbabweano.
O presidente anunciou que serão adoptadas uma série de medidas económicas que incluem reformas na circulação das moedas e a ampliação da capacidade do mercado de divisas.
O governo do ex-presidente Robert Mugabe decidiu eliminar o dólar zimbabweano em 2009 e adoptar o dólar dos Estados Unidos, o rand sul-africano e outras moedas, em consequência da hiper-inflação que assolou o país e desvalorizou a moeda nacional.
“O meu governo continuará a utilizar o sistema de circulação de divisas até que os fundamentos negativos actuais da economia sejam solucionados e se respaldem na introdução da moeda nacional”, sublinhou.
No início da sua intervenção, os deputados do opositor Movimento para a Mudança Democrática (MCD) abandonaram a sessão conjunta da Assembleia Nacional e o Senado, como forma de protesto quanto à vitória de Mnangagwa nas eleições gerais, ao derrotar o seu principal adversário e líder dessa formação, Nelson Chamisa.
Ao abordar a situação do surto de cólera, declarado a 1 de Setembro na capital do país, Mnangagwa pediu que a nação se comprometa a enfrentar os desafios relacionados com a água potável e o saneamento básico.