Ronaldo utilizou uma estrutura ‘offshore’ para proteger os seus hotéis. Desde junho de 2015, o futebolista operou através de um ‘holding’ empresarial no Luxemburgo e em New Jersey, ambos os territórios considerados paraísos fiscais pelo Tax Justice Network.
A vida de Cristiano Ronaldo fora dos relvados continua complicada. Neste momento, o internacional português está a ser acusado de defraudar o fisco espanhol em 14,7 milhões de euros entre 2011 e 2014.
Desde junho de 2015, o futebolista operou através de uma ‘holding’ empresarial no Luxemburgo e em New Jersey, ambos os territórios considerados paraísos fiscais pelo Tax Justice Network.
A empresa luxemburguesa CRS Holding encarregava-se de administrar as participações do Ronaldo numa série de negócios turísticos propriedade do ‘trust’ adjudicado na ilha do Canal da Mancha, denominado The CRS Holding Trust.
Cristiano Ronaldo não aparece em nenhum documento público dessas sociedades. Tanto a ‘holding’ como o fiador estão em nome de uma empresa intermediária chamada Private Trustees. Mas um dos dos documentos do Football Leaks analisados, numa declaração de acionistas da Private Trustees, permite comprovar que o único beneficiário deste esquema era o jogador.
Na gestão de negócios publicitários, operar através de uma chamada ‘offshore’ deste tipo não é ilegal sempre e quando se informe devidamente as autoridades fiscais. No caso agora investigado, referente aos direitos de imagem, Ronaldo desviou 150 milhões de euros para as Ilhas Virgens Britânicas e só declarou 22,7 milhões, uma quantidade insuficente de acordo com as Finanças.